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Pensando no Amor...

O vento alterna e balouça meu coração prisioneiro

e minha alma murmura na espera de novos amores.

Quero pensar, repensar e da vida ser o primeiro

que decifra furtivos desejos e belos rumores.

Em súplica ao nosso amor eterno, em calores,

no universo do seu olhar vou estar por inteiro.

Seremos amantes, por jardins pingados de cores,

ornado por beijos; promessa de bom companheiro.

Vem! a caminhada é certa! e nos levará à salvação.

Tudo será oferecido, nenhum tempo será perdido.

Neste nosso caminhar vale todo sentido, sem direção,

com liberdade, com todo esforço que nos é permitido.

Coroada de novos amores e, com razão,

este é o merecimento pela meta almejada,

nesta viagem de paixões e anseios, e virão

surpresas, eu sei, para verdade ser alcançada.

Quero chegar assim para sentir o gosto de amar,

e lutar, e fazer de mim um ser alegre, valente,

a cantar, falar das necessidades humanas, e enfeitar

a vida que seduz e encanta, sendo resplandecente.

Na esperança de reencontrar - ó eterna ilusão,

o verdadeiro e pleno sentido da nossa felicidade,

e na esperança deste futuro perdido, vem a paixão,

e a conquista da unicidade, com fraternidade.

  • Maria José Menezes – Vitória – ES

Seu Clemente morava na beira de um rio. Apreciador de pescarias, saía quase diariamente, bem equipado para pescar. O rio piscoso permitia-lhe suplementação para o almoço do dia seguinte. Naquela tarde, Clemente saiu um pouco apreensivo porque o tempo estava nublado. Clemente seguiu tranquilo o seu caminho para o rio. Felizmente não choveu e o vento tomou outra direção. Escolheu o local preferido, colocou seus pertences no chão, armou o anzol e acendeu um foguinho para espantar as muriçocas. E esperou... No primeiro arranco do anzol, um bonito robalo foi fisgado. Outros peixes vieram a seguir. Satisfeito encerrou a pescaria. Reuniu seus pertences e quando foi pegar os peixes, notou que os peixes, haviam sumido do samburá. Será o Saci? Sempre ouvia histórias sobre as travessuras desse moleque de uma perna só, levado da breca... Rápido, deixou o local.

Chegou em casa ainda meio encabulado. Seus filhos sempre o esperavam com uma colheita farta, perceberam que algo estranho havia acontecido. Perguntaram quase ao mesmo tempo: - Onde estão os peixes? O pai contou-lhes o ocorrido, embora sem muita certeza, atribuiu ser arte do Saci. Para satisfazer a curiosidade dos filhos, contou-lhes alguns mal feitos atribuídos a este negrinho perneta, carapuça vermelha na cabeça e cachimbo fumegante, que atormenta a vida de muita gente com suas travessuras. Naquela noite foram dormir tarde. No dia seguinte, acordaram com o sol já alto. Era domingo. Clemente foi surpreendido com a visita de um amigo que viera convidá-lo para almoçar em sua casa. Já havia convidado outros amigos, acrescentou ele, e certamente a reunião seria bem agradável. Todos foram e se bem comeram, também bem beberam. Deliciosa sobremesa foi servida. Até então tudo cordial quando Clemente ouviu a notícia que a deliciosa moqueca era produto de sua pescaria. O amigo contou a todos que havia seguido Clemente e tirou-lhe os peixes para lhe pregar uma peça. Clemente não gostou da brincadeira e quase agrediu o fanfarrão e para desconforto de todos, vomitou todo o alimento ingerido no almoço e junto lá se foi uma antiga amizade.

Quem não respeita um amigo, não merece sua amizade.

  • Maria José Menezes – Vitória – ES

Casas grandes, gaiolas douradas,

Negros serviçais,

Ao gosto dos senhores,

Discriminação racial.

Perda de valores,

Jogo de interesses pessoais,

Injustiça social,

Nas senzalas podres e frias.

Alimentados

pelo jogo da revolta,

Grande parte vivia.

Buscavam a qualquer preço

A liberdade sonhada.

Fugas fracassadas

Sofrimento e dores.

Aos grilhões de ferro tornaram.

Um dia lhes deram a liberdade

Com garras de escravidão.

Em nada valeram o treze de maio,

Festa efêmera do centenário!

Terras e sonhos lhes foram negados.

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