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  • Regina Menezes Loureiro

Já em 1532 a sociedade brasileira se organizou econômica e civilmente, se formou como sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio e mais tarde de negro.

O Brasil não se preocupou com a unidade ou pureza da raça. O português considerava seu igual aquele que tinha religião igual a sua. O catecismo dos jesuítas e as Ordenações do Reino garantiram a unidade religiosa e a do direito

A sociedade era pautada pelo exclusivismo religioso, o regime autoritário prevalecia pela força do braço e pela espada do fazendeiro. Nunca a sociedade evitou a miscigenação nem excluiu a atração sexual entre as raças formadoras do povo brasileiro, muito menos se viu avesso ao intercurso entre as culturas.

Em Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre sentencia:

Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz no corpo e na alma a sombra ou pelo menos a pinta, do indígena ou do escravo.

Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que deliciam nossos sentidos, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava negra que nos embalou. Que nos deu de mamar.

O apoio econômico da aristocracia colonial se deslocou da cana-de-açúcar para o ouro e mais tarde para o café mas sempre manteve o escravo como instrumento de exploração.

A superioridade técnica e de cultura dos negros, provavelmente até melhor que a dos portugueses, a predisposição biológica e psíquica do negro para a vida nos trópicos foi determinante para formação econômica do Brasil.

Os negros angolanos eram os preferidos pelo sistema escravocrata brasileiro.

Considerando todas as relações e afinidades que nos unem, e aqui brevemente discorremos, podemos dizer que, se irmanados, Brasil e Angola caminharão para um progresso infinitamente maior. O que aspiramos, e nisso nos empenharemos, é que o intercâmbio de estudantes e profissionais de todas áreas do conhecimento e de políticas sociais possa aumentar as relações comerciais e culturais promovendo o progresso do povo angolano.

Podemos afirmar que o Brasil é o irmão que deu certo. Pode ajudar porque muito tem para dar e também pode muito usufruir colhendo os benéficos frutos de uma relação de troca, os benefícios de uma relação rica de conhecimentos e aprendizagem.

Antigamente os brasileiros em Angola prestavam ajuda solidária defendendo e protegendo o povo sofrido contra as intempéries da guerra cruel e devastadora. Hoje, até porque não mais existe a guerra, o angolano quer mostrar que pode e sabe fazer acontecer. Precisamos compreender que a necessidade maior do povo angolano, agora, aponta para uma política de trocas. Através de uma relação de parceria com os brasileiros que apoiam angolanos que vivem e produzem no Brasil promovendo a conscientização dos brasileiros que vivem em Angola. A reconstrução de pais só acontece através do intercâmbio técnico e cultural.

Angola situa-se na Costa Ocidental do continente africano e possui grande potencial turístico representado por um patrimônio natural riquíssimo permitindo todo tipo de atividades de lazer e aventuras. O país possui inesgotável riquezas minerais o que atrai a cobiça de povos de todo o mundo.

A reconstrução da infraestrutura e do desenvolvimento rural, após anos de guerra, constitui oportunidade que podemos potencializar pela nossa participação como sócios estrangeiros intensificando a cooperação internacional. O estreitamento de relações com a África se faz necessário e representa obrigação política, moral e histórica

A globalização, fenômeno que começou com os grandes navegadores, atingiu os homens e as suas formas de organização política e social, distribuiu as populações na terra e alterou os valores culturais Estas alterações arrastaram consigo a revisão das formas e das técnicas conhecidas, modificou o comércio entre as nações e avança vertiginosamente em todas direções e formas de vida. Os campos e as cidades adquirem perfis inesperados.

Angola reencontrou o caminho da paz e da reconciliação e abriu suas fronteiras para o mundo dos negócios e do conhecimento.

A ASSOCIAÇÃO de AMIZADE BRASIL-ANGOLA, organização civil, cultural, acadêmica e filantrópica de direito privado defende os direitos humanos das populações angolanas e seus descendentes. Luta por condições favoráveis à inserção socioeconômica justa das populações angolanas no Brasil visando sempre o aprofundamento do conhecimento científico, cultural e esportivo entre os dois países. Sobretudo resgatando a dignidade dos africanos. O desafio é fazer crescer de forma sustentável, combater a fome e a exclusão social. A busca efetiva do intercâmbio visando a prestação de serviços e do incentivo ao comércio é essencial para o desenvolvimento de Angola e altamente compensador para a atual política econômica do Brasil

É compromisso da A ASSOCIAÇÃO de AMIZADE BRASIL-ANGOLA, montar cursos de aperfeiçoamento e conscientização, promover festivais (teatro, cinema etc), estimular a formação de centros de estudos e pesquisas sociais que valorizem o homem e estimulem a troca de experiências científicas e culturas entre os dois países-membros. Uma semana de arte, ciências e cultura Brasil/Angola realizada anualmente com alternância de País sede é uma forma de divulgar produtos e elevar valores de povos com grande tradição de convivência.

Incentivar a política de bolsas de estudos com estágios em Angola é nossa meta de trabalho e valorização culturais..

Os laços que unem a África e o Brasil estão visíveis pela importância que assumem as políticas de comércio à procura da autonomia pela troca de conhecimentos e de serviços..

O Brasil deve participar ativamente dessa nova e auspiciosa fase da história de Angola viabilizando programas de formação profissional, cooperação técnica e educacional.

A aproximação respeitosa e digna do Brasil com a África pela cultura é uma forma de agradecimento mas também gera grandes prespectiva e recíprocas vantagens comerciais.

Brasil e Angola continuam engajados na busca de novos rumos para a ampliação e diversificação do intercâmbio comercial e reforço dos laços de cooperação que unem os dois países.

Essa experiência tem sido altamente positiva e é de se esperar um expressivo aumento da presença brasileira em Angola, para benefício recíproco dos povos deste dois os países.

  • Regina Menezes Loureiro

O poeta ao poetar transpira emoção. É ser refulgente. Embeleza o mundo, reconstrói o real trabalhando o imaginário. Busca no outro o amor sublime da vida, a rosa oculta no jardim, a melodiosa tarde empassarada...

Admira o belo! Simplesmente, o belo sem julgamentos, nem sei se por intuição ou se por conceitos racionais, mas admira.

Vai além... muito além...

Além da Terra, além do céu, fora do sistema Solar.

Poeta é um ser iluminado capaz de ouvir o farfalhar de folhas orvalhadas, o marulhar de águas encantadas... O ruído de Sol ao nascer, um coração solitário a bater.

Poeta é um prosador iluminado? Ou iluminado é o prosador que se ilumina no poeta?


  • Regina Menezes Loureiro

Neste fim de ano estou mostrando muito mais:

um conjunto de pessoas compartilhando ideais,

organizações tornando felizes os mortais,

a conquista de extraordinários resultados,

por mais que sejam dificultados.

Hoje eu quero, vendo os líderes fortalecidos,

enfrentar a vida, com limites determinados.

Quero um mundo inteiro abraçado

no amor e na amizade, confraternizado.

Hoje, eu posso gritar orgulhosa para o mundo todo:

- Diante de rajadas que dilaceravam o peito

vislumbrava sempre a beleza do sol nascente.

E acreditava:

- Se nem tudo Deus me deu

também nem de tudo me privou.

Não permitiu que os embates fossem maiores

que minha capacidade de vencê-los.

Se me restam as lágrimas de não ter sempre vencido

ostento com orgulho o prazer de ter lutado.

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