Era das Graças?
Maria Filomena?
Era Maria
Simplesmente Maria
Seu pai desempregado
Sem nome, sem valor
Sem terra para trabalhar
Biscates fazia.
Honesto trabalhador
De tal procedência
Maria, menina
De pele morena
Feição bem feminina.
Cabelos escorridos
Sobre os ombros escondidos
Blusa leve vestida
Saia, por decência
Abaixo dos joelhos, comprida
Entre as belas, sem direito
Simples preconceito.
Você pertence à classe de trabalhadoras que
referenciam a educação como prioridades de vida.
Ser Mestra
É pregar o bem
Espalhar luz e verdades
É ser mãe também.
É paz, amor, bondade,
E chama que ilumina
Corações abertos em flor
Fé, coragem, sã doutrina
É força do sol criador.
Ser Mestra
Á plantar roseiras
Colher por entre espinhos
Flores ternas de gratidão
Flores puras, verdadeiras
Esparsas pelos caminhos
É ver florir o coração.
Da terra busquei raízes
Da infância uma vida
Das flores, dos pássaros
Das pessoas queridas
Do baú tirei lembranças
De saudades mui doídas
Vida plena de verdades
Fortalecem minha vida.
Recheadas de amor e carinho
Sem alterar sentimentos
Dobro firme a esquina
Acompanho os acontecimentos
Investi na minha sabedoria
Da história que ontem vivi
Da querida Panorama
Tempos muito gentis
Em plena vida rural
Um canto cheio de glória
Fui construindo meu chão
Começo de uma história
Muitas terras cultivadas
Campos, morros verdejantes
Uma canção à natureza
Um cenário deslumbrante.
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