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CORDEL DE ANCHIETA

  • Regina Menezes Loureiro
  • 3 de dez. de 2014
  • 2 min de leitura

Gualberto Bruno de Andrade


I II


Padre José de Anchieta, Desde sua meninice,

Espanhol de nascimento, Foi fiel à religião,

Em Tenerife nasceu, Queria ser sacerdote,

Foi grande acontecimento. Além de puro cristão.

A família se alegrou, A família exultou

Toda gente se abraçou, Quando com os pais falou

Festejou-se o advento. Dessa sua vocação.


III IV


Era primo de Inácio Ao chegar a Portugal,

De Loyola, que é santo, Procurou um seminário,

Queria ser como ele, Aprendeu algumas letras,

Isso a Deus pedia tanto. E a seguir o abecedário.

Saiu de seu arraial, Virou logo jesuíta,

Mudou-se pra Portugal, E na cabeça cogita

Um país cheio de encanto. De no Brasil ser vigário.


V VI


Foi com Duarte da Costa Transferiu-se para o sul,

Que veio para o Brasil, Pra Vila de São Vicente.

Trabalhou lá na Bahia, Havia índios demais,

Como se fosse servil. Mas de ajuda carente.

Sem receber honorárío, Aprendeu logo o Tupi,

Foi do Senhor emissário, Para ensinar os dali

Até a idade senil. Quem é Deus e a ser crente.


VII VIII


Com Nóbrega, subiu a serra, Esteve em Iperoígue,

Para São Paulo fundar. Onde foi feito refém.

Anchieta tinha em mente La ficou com os tamoios

O gentio catequizar. Que o trataram muito bem.

Fez no planalto um colégio, Para a mamãe de Jesus,

Sem nenhum auxílio régio, Que morreu por nós na cruz,

Para mais fácil ensinar. Fez um poema também.


IX X


Mudou-se mais para o norte, Compôs peças de teatro

E fundou Guarapari. Para levar o selvagem

Construiu uma capela A amar a Deus do céu,

Pros silvícolas daqui. E a deixar a vadiagem.

Ensinou a religião Aquela gente tão brava

Aos índios da região, Não queria ser escrava,

Que falavam o Tupi. Mas aceitou a mensagem.



XI XII


Escreveu uma gramática Morreu perto, em Reritiba,

Em Tupi, que é muito boa, Foi levado pra Vitória.

Ensinava a língua aos padres No caminho, as andorinhas

Que vinham lá de Lisboa. Iam juntas (uma glória!),

Era cheio de bondade, Sombreavam o caixão,

E por sua caridade Pr’evitar corrupção.

Sua fama inda ressoa. Isso é o que conta a história.


XIII continuação


Agora o Papa Francisco, Não há dúvida, merece

Sem mesmo pestanejar, A glória de um altar.

Garantiu ser do aprisco Foi declarado, portanto,

Aquele sublime avatar. Da Igreja um novo santo,

Quem colheu tão grande messe, Para o cristão venerar.



Nota:- Embora já tenha escrito vários romances, livros de poesias e

contos, tira-dúvidas de Português, livro com 1000 frases em

Espanhol, livro com 3000 pensamentos, nunca me arrisquei

no gênero c ”cordel”. Aventurei-me agora com o propósito

de homenagear o Santo José de Anchieta e em agradecimen-

to aos nordestinos que tanto têm feito pela poesia brasileira.


 
 
 

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