Maria da Conceição
- Maria José Menezes
- 3 de jun. de 2015
- 1 min de leitura
Pra você o dia começa
Não diferente do anterior
Bem cedo se levanta
Possui alma branca
De ouro o coração.
Peito nobre fluente
O filho amamenta
Curvada sobre o lenho
Como devota em oração
Atiça o fogo.
Sobre a mesa oferecidos
Biscoitos de polvilho
Creme de maisena
Coroado de canela.
Rabanada de pão dormido
O gostoso café com leite
Tudo feito por ela
A criançada se fartando.
O feijão já está cozido
A polenta pipocando.
Em breve a turma gulosa
Vem se aproximando.
Previdente já realizou
O cardápio para o jantar
É sóbria nas palavras
Não conta velhas histórias
Não se prende em tradições.
Ás vezes na sua intimidade
Se arrasta em suspiros
Sem lamentações.
Esconde saudades ao remexer
Uma caixinha antiga
Que desafia o tempo
Talvez um ninho de dor
E recordações
Renuncia perdão
O dia termina
Igual ao anterior
Para você
Maria da Conceição.
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