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FESTA DA PENHA

  • Regina Menezes Loureiro
  • 5 de dez. de 2017
  • 1 min de leitura

Os romeiros sobem a ladeira,

a ladeira da Virgem da Penha.

Vão deixando pelo caminho,

as rezadeiras,

culpas, pecados, dores, tristezas, mil.

Fieiras de luz faiscante

de velas em mãos peregrinas

iluminam corações, de insones romeiros

que rezam, desfiando as Ave Marias,

com fé, em rosários de lamentações.

Bem no alto do morro,

pés descalços, caminhantes,

lá chegam em procissão,

confiantes.

E as dores das feridas, as muletas,

se misturam com o pó pelo chão.

Todos cantam, todos rezam

e o estandarte estremece no mastro.

Mãos postas a rezar. Os romeiros lá se vão.

E todos em uma só voz:

Ó! Virgem da Penha

tenha piedade de nós.

Ó! Virgem da Penha

Humildemente eu lhe peço perdão,

muita saúde

muito dinheiro no bolso,

riqueza, milhão.

Na igreja os sinos repicam, e

por entre altares de ouro ornados,

flutuam os romeiros, cantando

seu canto, sobre a pedra fincados.

A todos deixam a imagem

de fé, amor, caridade

entoam hinos e de fé

todos irmãos, irmanados...

E ao pé da pedra não há reza:

é pinga, cerveja é forró.

E Jesus lá da cruz abençoa,

crucificado, pelos olhos da Mãe repetia:

- Pai! Perdoai a todos!

De todos Senhor, tenha dó!

Eles ainda não sabem,

são pobres, carentes,

doentes,

não sabem o que fazem.

 
 
 

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