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VOVÓ FILHINHA

  • Regina Menezes Loureiro
  • 5 de dez. de 2017
  • 1 min de leitura

A Vovó Filhinha era mesmo muito especial. Todos a chamavam de Dindinha. Não sei o porquê... eu, não a chamava assim.

Sempre encolhidinha

mãos postas sobre altar

Jesus Cristinho

a adorar.

Era muito religiosa. Parecia estar sempre em contato com o seu Deus. Devota de Santa Teresinha, seu espírito em orações zelava pela felicidade de todos. Quando ganhou seu primeiro rádio a pilha, muito contrita não deixava de rezar, todos os dias, de joelhos a Ave-Maria e ouvir as notícias da guerra porque seu filho Criso estava lá, representando nosso País. Era radiotelegrafista das forças aliadas. Conta-se que um dia, desesperada, fez promessa à Santa: que recebesse um aviso que aquietasse seu coração de mãe. Precisava saber se teria ainda seu filho vivo. Recebeu um ramalhete de rosas vermelhas iguais as que enfeitam a imagem da Santa. Eram iguaizinhas... mas como se dessas flores não se encontrava ali!

Mãe!

Mulher,

fermento de todas as transformações.

Mesmo submissa quando o destino lhe era implacável,

sabia exatamente como escrever o livro da vida

na infinita humanidade

que se agigantava em suas entranhas.

 
 
 

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